O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e reguladores antitruste desistiram de forçar o Google a vender seus investimentos em Inteligência Artificial (IA). A decisão representa um alívio para a gigante da tecnologia, que enfrenta escrutínio crescente sobre seu domínio no setor de publicidade e buscas online.
As autoridades americanas vêm investigando o Google por práticas consideradas anticompetitivas, alegando que a empresa usa seu domínio para sufocar concorrentes e impedir inovações no mercado de Inteligência Artificial. Uma das medidas avaliadas era a venda de investimentos estratégicos em IA, como forma de reduzir seu poder de monopólio.
De acordo com fontes próximas ao caso, a decisão de não forçar a venda veio após análises que indicaram dificuldades na execução dessa medida. Reguladores reconheceram que uma separação forçada dos investimentos do Google em IA poderia prejudicar a competitividade dos EUA no cenário global, especialmente em meio à crescente disputa tecnológica com China e Europa.
Além disso, a intensa influência da Big Tech no setor de inovação e pesquisa também pesou na decisão, uma vez que o Google é um dos maiores investidores no desenvolvimento de modelos avançados de IA, como o Gemini.
Com essa decisão, o Google mantém seu controle sobre tecnologias-chave de IA, o que pode fortalecer sua posição competitiva no mercado. No entanto, o caso antitruste continua, e a empresa ainda pode enfrentar novas regulamentações que limitem seu poder de mercado.
Para investidores, a notícia foi bem recebida, já que mantém a estrutura da empresa intacta, evitando possíveis desvalorizações de ativos ou mudanças bruscas na estratégia de negócios da Alphabet (GOOGL).
A retirada da exigência para que o Google venda seus investimentos em IA representa um alívio para a empresa, mas o cerco regulatório continua. O setor de tecnologia seguirá acompanhando de perto as próximas ações do governo americano, que busca equilibrar inovação e concorrência justa no mercado digital.