Apesar da forte correção de preço do BTC desde o início de 2025, uma grande maioria dos investidores de ETFs seguem com mãos de diamante. De fato, menos de 5% dos investidores que têm BTC através desses fundos venderam suas cotas durante a correção.
Dados da Bloomberg mostram que 95% dos investidores ainda continuam mantendo os ETFs sem grandes preocupações. Essa tendência reforça a visão de longo prazo que os compradores de ETF possuem com o BTC.
No entanto, essa tendência também está presente no mercado à vista. Enquanto os investidores de curto prazo venderam seus Bitcoin, os grandes detentores aumentaram suas participações. Isso contribuiu para absorver parte da pressão de venda, impedindo que o preço da criptomoeda caísse mais durante essa fase de baixa.
No começo do mês, os ETFs de Bitcoin enfrentaram um recorde de saques, com a saída de US$ 3,2 bilhões em apenas oito dias. Mas esse número ainda representa uma minoria dos investidores. E traz um contraste importante com as demais “baleias” do mercado.
O estrategista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, compartilhou um gráfico feito por seu colega James Seyffart na quinta-feira (13), mostrando alguns detalhes importantes. De acordo com o analista, as entradas de ETFs de BTC caíram ligeiramente para US$ 35 bilhões, um pouco abaixo do pico de US$ 40 bilhões.
Isso significa que menos de 5% dos investidores venderam cotas de seus ETFs, mesmo com o preço do BTC enfrentando uma queda acentuada de 25%. A exposição média dos investidores institucionais gira em torno de US$ 1,5 bilhão.
Atualmente, os ETFs de Bitcoin dos EUA administram um total de US$ 115 bilhões em ativos sob gestão, com os dados ressaltando a resiliência dos investidores e grandes participantes que investiram neste produto.
Curiosamente, desde meados de fevereiro houve saídas massivas em ETFs de BTC, com saídas de quase US$ 5 bilhões. De acordo com os dados da Farside Investors, as saídas totais em 13 de março chegaram a US$ 135 milhões. Somente o iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, teve entradas líquidas, recebendo US$ 45,7 milhões.
Em meio à incerteza com o cenário econômico e a guerra tarifária de Trump, o Bitcoin e as demais criptomoedas tiveram uma forte pressão de venda. Foi somente com a divulgação dos dados de inflação dos EUA na quarta-feira (12), que vieram abaixo do esperado, que o preço do BTC voltou a ficar acima de US$ 80.000.
Até o fechamento desta matéria, o Bitcoin estava cotado a US$ 83.200, uma alta de 0,4% nas últimas 24 horas, com o volume diário de negociação caindo 22%. No período semanal, o BTC enfrenta uma perda de quase 7%.
Ki Young Ju, CEO da empresa de análise on-chain CryptoQuant, comentou sobre o estado atual da demanda por Bitcoin, observando que ela parece “travada” no momento. Apesar da atividade lenta, Ju enfatizou que é “muito cedo para dizer que estamos em um mercado em baixa”.
Fonte: CRITOFACIL